"O amor nos tempos do cólera", Gabriel García Márquez


Tinha que ensiná-la a pensar no amor como num estado de graça que não era meio para nada, e sim origem e fim em si mesmo.

Quando minha amiga Lélia me recomendou "O amor nos tempos do cólera" de Gabriel García Márquez, eu não peguei de imediato o livro para ler porque na época eu sofria de uma dor incapaz de me fazer acompanhar o amor de Florentino Ariza (personagem principal) por Fermina Daza. Ela mesma, minha amiga, na época me recomendou que o lesse mas que não o fizesse agora, pois nas palavras dela eu precisaria estar preparada para aquele amor e suas dores: eu devia esperar um pouco mais.
E eu esperei. Esperei meu amor amadurecer, as dores serem mais esquecidas que lembradas, e só este ano fui capaz de acompanhar palavra por palavra da narrativa de García Márquez. Palavra por palavra com todas as suas doses de dor e de amor, por vezes juntas, misturadas, quase transformadas numa fórmula química de um único sentimento: um amor doído. Foram cinquenta e três anos, sete meses e onze dias de um amor dedicado a uma única mulher. Florentino Ariza ao final do livro (fecho espetacular, inclusive), praticamente me disse: "Filha, você tem muito poucos anos de experiência em sofrer por amor para resmungar assim. Viu só agora o que é amar e o que é sofrer e esperar pelo amor durante a vida toda? Viu só, filha?".

Pois é. Esse livro é uma borboleta pousada no coração. Transformada em palavras de amor que só Gabriel García Márquez consegue dizer, essa borboleta de palavras revoluciona tudo o que a gente pensa ser o amor e suas dores. E sabe, num tempo como o  de hoje no qual um "eu te amo" transformou-se num "bom dia", "O amor nos tempos do cólera" é quase um manual de sobrevivencia.

Devia ser proíbido se apaixonar por alguém antes de ler esse livro!

p.s.: Antes de escrever este post, dei uma revirada no Google para ver se achava alguma peça de teatro ou filme com adaptação do livro e achei! Não vi ainda, mas achei um filme com o mesmo nome e (olha que surpresa!) com a Fernanda Montenegro no papel da mãe do personagem principal. Com certeza vale a pena ver  o filme nem se for para reclamar depois se a película não conseguir fazer a gente sentir o amor de Florentino Ariza como a obra o faz tão bem no papel.

O trailer é bacana pacas!




Comentários

Stive Ferreira disse…
Oi moça!
Eu acho que esse livro tem um dos melhores títulos de livro que já vi... Mas ainda não o li, pretendo, principalmente depois dos seus comentários.

Beijos.
:-)

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