Capitolinas
Naquele dia, meus movimentos na cadeira se resumiam em cruzar e descruzar as pernas, alternando-as e fazendo delas esconderijos para uma das minhas mãos que não sossegava, quase entregando a impaciência do meu corpo inteiro. Talvez uma delas já quisesse ser dele. Estar perto dele. Ser levada para perto das mãos dele... É engraçado os movimentos de uma mulher quando está encantada por um homem. Ela sempre pensa em cada ato, desde um gesto com a cabeça que permita deixar seu cabelo cair sobre seu rosto, imprimindo um certo mistério a seu olhar, até a entonação da palavra que saia de sua boca. Ao final, ele deve se encantar por ela, mesmo que exista uma loira bem mais bonita na mesa ao lado. Talvez a mulher ou eu, Fernanda, não seja tão emocional assim como dizem. Calculamos cada emoção que nossa presa deva sentir e, na maioria das vezes, conseguimos o que queríamos. Se não, é porque não desejávamos tanto assim.
Naquele dia, vesti os olhos de ressaca e fui levando toda a sua atenção para o meu redor. E ele era, com todo o peso da palavra, manipulado. Acabei descobrindo que as mulheres são as donas do teatro, que as mulheres são todas um pouco de Capitu.
Comentários
adoro as imagens que teus textos remetem.
parabéns
tem selinho pra vc la no meu blog.
beijos !!
http://daqueelejeito.blogspot.com/2010/06/todo-dia-abro-o-blog-mesmo-que-nao.html
Em Primeiro Lugar! Que texto hem.. Ele mexe mesmo a gente e nos faz refletir um bocado.. rsrsrs!!
Segundo! Já estava com saudade em passar aqui e ver um pouquinho de você. É sempre bom.. Você é incrível.
Bjão!!
Admirador secreto..
Gosto quando vem me ver. Queria saber quem és tu, Brutus!
ANÔNIMO 2,
Opa. Esse comentário me parece dirente dos demais. Queria tanto saber quem são vcs...
Obrigada por virem aqui tentar me entender.