Fossa nossa de vários dias
Vovó sempre dizia que para um homem querer casar a gente tinha que parecer mulher séria, respeitada, caseira. Dizia que os homi era tudo iguar mermo, mas que sabiam escolher bem a ervilha mais verde da horta na hora do casório.
Acreditei na vovó, segui o manual das ervilhas e, quando vi, eu era a moça mais prendada da vila, a Fernandinha do 54 – B. Mas foi aí também, com 14 anos, que eu tomei no cú pela primeira vez na minha primeira fossa colossal. O menino do prédio queria uma mulher madura, e eu era uma ervilha. Verde.
Chorei! Sofri! Emoções eu vivi! Até a Ivete Sangalo estourar com a Banda Eva e eu sair cantando e gritando “minha pequena Eeeeeva” para disfarçar a minha dor.
O período das ervilhas se foi, e com ele o nosso amor. O menino cresceu e virou porteiro de prédio aqui perto de casa. A Fernandinha também cresceu e o babaca se fudeu quando me viu passar dentro daquele vestido decotado.
Seguiram-se as fossas...
Minha mãe me avisando um montão de vezes: “Fernanda, não cai na besteira de se prender, menina! Livre-se deles. Não case!”
Ok. Virei milho. Pulei que nem pipoca na panela. Servi de alimento às galinhas. E quanto mais filha da puta fui, menos filhas da puta encontrei. Fossa: zero.
E eu estava indo bem até vir meu pai com um papo estranho de “filha, esse rapaz aí na sala gosta muito de você, se você não sente o mesmo, diga a verdade, seja sincera”. E eu incorporei a menina sincera. Lasquei-me outra vez!
Te amo.
FOSSA.
Te adoro.
FOSSA.
Te quero.
FOSSA.
E foram incontáveis noites de love songs mais previsões toscas paras as amigas no telefone, “sabe, fulana, ele ainda vai comer na minha mão, ah se vai” e aquela insistência em dar uma curiada no Orkut do fulano (orkut: o filho do dêmo virtual).
E olha fotos, e bebe cerveja, e finge que tá feliz na balada, e olha no celular pra ver se tem mensagem. É, fossas nossas de vários dias!
Passa o tempo (o senhor dos milagres) e você percebe que sobreviveu. Muda o corte de cabelo, faz aquela progressiva máster, compra a roupa que te deixa toda volumosa, faz tudo isso e muchomás só para afirmar a você mesma e para ele (se você tiver sorte de encontrá-lo bem gata por aí) que o idiota perdeu uma baita mulher.
Acreditei na vovó, segui o manual das ervilhas e, quando vi, eu era a moça mais prendada da vila, a Fernandinha do 54 – B. Mas foi aí também, com 14 anos, que eu tomei no cú pela primeira vez na minha primeira fossa colossal. O menino do prédio queria uma mulher madura, e eu era uma ervilha. Verde.
Chorei! Sofri! Emoções eu vivi! Até a Ivete Sangalo estourar com a Banda Eva e eu sair cantando e gritando “minha pequena Eeeeeva” para disfarçar a minha dor.
O período das ervilhas se foi, e com ele o nosso amor. O menino cresceu e virou porteiro de prédio aqui perto de casa. A Fernandinha também cresceu e o babaca se fudeu quando me viu passar dentro daquele vestido decotado.
Seguiram-se as fossas...
Minha mãe me avisando um montão de vezes: “Fernanda, não cai na besteira de se prender, menina! Livre-se deles. Não case!”
Ok. Virei milho. Pulei que nem pipoca na panela. Servi de alimento às galinhas. E quanto mais filha da puta fui, menos filhas da puta encontrei. Fossa: zero.
E eu estava indo bem até vir meu pai com um papo estranho de “filha, esse rapaz aí na sala gosta muito de você, se você não sente o mesmo, diga a verdade, seja sincera”. E eu incorporei a menina sincera. Lasquei-me outra vez!
Te amo.
FOSSA.
Te adoro.
FOSSA.
Te quero.
FOSSA.
E foram incontáveis noites de love songs mais previsões toscas paras as amigas no telefone, “sabe, fulana, ele ainda vai comer na minha mão, ah se vai” e aquela insistência em dar uma curiada no Orkut do fulano (orkut: o filho do dêmo virtual).
E olha fotos, e bebe cerveja, e finge que tá feliz na balada, e olha no celular pra ver se tem mensagem. É, fossas nossas de vários dias!
Passa o tempo (o senhor dos milagres) e você percebe que sobreviveu. Muda o corte de cabelo, faz aquela progressiva máster, compra a roupa que te deixa toda volumosa, faz tudo isso e muchomás só para afirmar a você mesma e para ele (se você tiver sorte de encontrá-lo bem gata por aí) que o idiota perdeu uma baita mulher.
Por se achar linda assim, todos a sua volta se aproximam, você começa a agir como um imã-pós-recuperação-de-fossas. Sim, mulheres, a fossa vira VIDA!
E a gente conclui, ou melhor, eu concluo, esta que aqui vos fala, a fosseira mais insistente do mundo (ou não), que DEPOIS DE TODA FOSSA RENASCE UMA GRANDE MULHER. Mais madura e prudente.
E a gente conclui, ou melhor, eu concluo, esta que aqui vos fala, a fosseira mais insistente do mundo (ou não), que DEPOIS DE TODA FOSSA RENASCE UMA GRANDE MULHER. Mais madura e prudente.
Comentários
Já passei 3 vezes pela mesma situação que a sua, é horrivel!
Hoje falta muita ervila madura, homens e mulheres com algo na cabeça, mas tbém falta aquela simplicidade, aquele sorriso de criança!
Adorei seu blog e vou acompanha-lo.
Nao fique na fossa!
Me visite
http://eitavidameu.blogspot.com/
Beijo sabor caramelo pra vc!
:)
é engraçado que seus pais se prendem e você não pode, no minimo paradoxo.. seraq é pq eles se arrependeram?
Ninguém se arrepende de ter gerado Fernandita. ESPERO! haha
Quer me deixar mais na fossa ainda, é isso?
Só não me pergunte onde tem homem que faça isso.
Mas eu encontrei
Pode visitar?
http://genilsonaraujo.wordpress.com/
Indo visitá-lo...
Meu Pai casou-se com minha mae com 22 anos e inha mae 20, meu pai desempregado e sem um profissão definida, um ano depois eu nascie depois de mim vieram meus 3 irmaos, hoje faz 25 anos que eles estão juntos, felizes e se amando cada vez mais, agora se minha mae olhasse e dissesse: nao vou casar por que ele nao tem profissão e não é formado em nenhuma faculdade, ou se meu pai nao casasse pq estava desempregado ou sem afirmação, provavelmente eu nao estaria aqui te escrendo isso!
Minha Vó dizia o seguinte: quem escolhe muito acaba sendo escolhido!
Beijooooo Fofa
Paz e luz sempre. Um bjo! ;)
Só achei estranho algumas palavras q prefiro nen citar....
Mas muito bom, esta totalmenti real.....
Bjs!!!!
Acho que é só isso que eu consigo pensar pro momento!
saudade